O jogo de raciocínio

 

É um espaço simulação de situações da vida que promove processos de aprendizagem em várias instâncias. Desenvolve habilidades relacionadas à estrutura do jogo e aos seus elementos. Exige planejamento e concentração em seus movimentos, além de surgimentos de regras que o aluno cumpre ao jogar, sendo assim, os aspectos cognitivos são desenvovidos diante ao jogo, pois sabe-se que a criança se desenvolve integralmente quando é porprocionado materiais adequados e ambiente interessante para tal faixa etária.  

Tabuleiro: é o delimitador das condições da realidade simulada. Ex: jogo “Hora do Rushtrabalha concentração, estratégia, planejamento, orientação espacial e desafia o raciocínio lógico. Objetivo: Sair com o carro vermelho do congestionamento através de cartas desafio e com movimentos limitados pelos demais carros.os movimentos do carro delimitados a somente a linha em que se encontra

Integrantes no trabalho com os jogos: Escola: trabalho sistematizado, significação, resultados, preparação para a vida. Individuo emancipado, responsável e que faça boas escolhas. Educador: intervenção/mediação, segurança, exercícios direcionados, jogos intencionais. Sociedade: grupos, regras, aprendizados, ética, objetivos, moralidade, estratégias.

Jean Chateau (1987, p. 78) ressalta que “o que caracteriza a atividade lúdica não é a energia empregada, mas a direção dada a essa energia”.

Piaget (1990) encontra frequentemente o jogo nas pesquisas sobre a elaboração da pessoa infantil. A primeira fase corresponde aos jogos de exercícios, que se repetem mesmo sem qualquer necessidade profunda, por puro prazer, os jogos sensório-motores provocam automatismos que contribuem para o domínio de si, para a organização do espaço e do tempo, isso pensando na criança até os três anos de idade.

Na criança dos quatro aos sete anos, na fase do pré-operatório, o jogo aparece como um instrumento em que a criança tende a imitação exata do real e para uma melhor adaptação do jogo. A partir dos sete anos, ela é capaz de compreender, de aceitar, de aplicar as regras do jogo colocado ao grupo.

Na fase do operatório concreto, na criança até os 11 anos, a criança já consegue trabalhar jogos que exijam abstrações, transcedências e metacognição. Tendo essa fasemais “aguçada” na fase operatória-formal, que vai até o início da adolescência, onde esse jovem pode pensar logicamente, formular hipóteses, trabalhar com jogos de maior complexidade e grau de dificuldade.

“É uma evidência: o social e o jogo, longe de se excluírem, autorizam-se e se reforçam reciprocamente” (PIAGET, 1990). Bom exemplo é o jogo “Mancala” tem origem na palavra árabe “nagaal” que significa “mover”. O jogo está totalmente relacionado à semeadura, pois o seu principal objetivo era simular o ato de semear: a germinação das sementes na terra, o seu desenvolvimento e sua colheita.

E o jogo “Gamão”, em que há  uma lenda indiana que conta que o Gamão foi inventado por um sábio chamado Caflan, e que seguia a seguinte simbologia: As 24 casas representam as 24 horas do dia. Cada lado do tabuleiro, com 12 casas, representa os 12 meses do ano, ou os 12 signos do zodíaco. As 30 peças são os 30 dias do mês. Os 2 dados, o dia e a noite. A soma das faces opostas do dado são os 7 dias da semana. O que demonstra a intencionalidade dos jogos, desde sua criação/confecção, até seus objetivos no momento do jogar. Mas porque os alunos se interessariam pelos jogos de tabuleiro? “Um brinquedo só tem sentido se responde às necessidades do jogador – o jogador joga o jogo” (Piaget, 1990).

Para Lequeux (2010, p. 34) “um jogo bem escolhido e adaptado à criança, contribui para sua educação”


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