“Educação no estado do Ceará e a desigualdade para o resto do Nordeste”
Os progressos se evidenciam: o Ceará foi o com
menor desigualdade de instrução entre estudantes de todos
os níveis socioeconômicos, no ensino Fundamental, entre
2015 e 2017, tendo destaque em todos os índices do
ensino Básico nacional, segundo o Sistema da Educação
Básica (Saeb) 2017.
Os dados do Saeb 2017 avaliam os desempenhos
dos lecionandos de escolas municipais, estaduais, federais
e privadas em proficiência em Língua
Portuguesa e Matemática, nos 5º
e 9º ano do EF e no 3º do Médio
(EM), comparando aos números obtidos em 2015.
O Ceará é
também o 6º da pátria a superar
a apreciação nacional no ensino do Português no
5º ano, antes de São Paulo, Santa Catarina, Paraná,
Minas Gerais e Distrito Federal.
No
campo da alfabetização, o Ceará se deslocou do remanescente dos
estados
nordestinos, e isso foi evidentemente verificado na última observação da
Avaliação Nacional (ANA).
Veja esse quadro comparativo (%) do crescimento do Estado do Ceará em
comparação com a região Nordeste no geral, no mesmo período de tempo, segundo o
ANA/2020, em alfabetização e matemática:
|
Ceará |
Nordeste |
Leitura |
52% |
28% |
Escrita |
61% |
47% |
Matemática |
48% |
26% |
Muito
ainda precisa ser feito no campo da educação em todo o
Brasil. Mas, fica claro que o Ceará poderá –
mais rapidamente do que o restante do Nordeste
– atribuir a meta 5 do Plano Nacional de
Educação, que objetiva que toda criança esteja devidamente alfabetizada
dentro do tempo previsto de alfabetização.
Uma das repercussões positivas desse esforço cearense no
campo da ensino são os melhores resultados em língua
portuguesa e em matemática que os
alunos tiveram ao final do 5° ano do ensino fundamental,
quando comparados com a apreciação da região
Nordeste, de 2007 a 2015.
Mas
não foi sempre assim, quando o PAIC começou, em 2007, o Ceará
apresentava índices baixos e desenvolvimento educacional aquém do apresentado por
outros Estados mais desenvolvidos do País, como São Paulo e Estados do Sul.
Veja esse quadro comparativo (%) do crescimento do Estado do Ceará em
comparação com a região Nordeste no geral, no mesmo período de tempo, segundo o
ANA/2020, nas disciplinas no geral:
Ano |
Ceará |
Nordeste |
∆ |
2007 |
15% |
15% |
0% |
2009 |
23% |
20% |
3% |
2011 |
32% |
24% |
8% |
2013 |
35% |
27% |
8% |
2015 |
44% |
31% |
13% |
O avanço da
educação no Ceará sobretudo nos
principais compêndios de avaliação do ensino básico, tem
dois motivos:
• a cooperação ao longo de o estado e os municípios;
• e a adaptação de experiências exitosas.
O ensino fundamental é de
responsabilidade do município. Enquanto a isso, o gabinete estadual
de Educação (Seduc) fornece material
didático organizado, estabelece as
diretrizes de consideração, apoia a
formação de professores e realiza
acompanhamento continuado das atividades.
Do ponto de vista financeiro, o
governo estadual oferece vantagens às cidades que mais
progridem nas estimativas. Aquelas com
menor reprovação e maior índice de instrução em
Matemática e Português – dois fatores componentes do Ideb
– recebem uma fatia maior da contribuição sobre o
(ICMS).
Como mostram os números,
o Ceará vem se deslocando do restante do Nordeste,
e o início de tudo está na peça angular da educação: na alfabetização.
E além disso, O Ceará tem uma das piores rendas per
capita, mas provavelmente irá avançar mais nesse sentido também,
porque existe uma prática contínua, bem
implementada, com atuação dos municípios em conjunto com o
Governo do Estado.
A base da estrutura de colaboração em movimento na
rede pública de educação do Ceará é o quadro de
Alfabetização na faixa etária Certa (Paic).
Criado em 2005, e transformado
em política pública prioritária em 2007, o chamado “Mais Paic” promove formação
continuada aos professores e apoio na direção escolar.
O “Mais Paic” tem como objetivo ampliar a
cooperação positiva, atendendo também
alunos do 6º ao 9º ano.
A inspiração foi o exemplo pernambucano
de Ensino centralizado, com foco na implementação do
ensino integral e na diminuição da evasão escolar.
Como se vê, o trabalho em conjunto, bem
realizado e com bons propósitos, e sem politicagem, é mais efetivo e dá bons
resultados!
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