Sociedade doente

Estava eu hoje no quintal de casa com minha sobrinha,olhando o movimento da rua.
Onde moro,infelizmente,o tráfico de drogas tomou conta,e propaga-se de uma maneira tão evidente e desavergonhada,que ainda me assusta ver.
Descia um caminhão com dois rapazes,pararam na primeira esquina,onde havia meia dúzia de garotos que encarregam-se do comércio local de entorpecentes.
Qualquer pessoa que por ali passava,observava o que ocorria,mas os envolvidos na transação pouco importavam-se com os mais curiosos.
Infelizmente, esse tipo de cena não é um privilégio só meu,mas de praticamente todo o país.É uma doença, que está matando nossa sociedade.As pessoas refugiam-se de seus problemas em bebidas alcoólicas e drogas,para obter um "alívio" momentâneo em suas vidas, o que depois mostra-se o contrário,o acarretamento de um problema muito maior ao indivíduo.
O pior, é que os não envolvidos também pagam por essa sociedade doente,sejam os familiares dos dependentes ou os demais cidadãos,já que o tráfico está intimamente ligado a violência urbana.
E por falar em violência urbana,ontem eu ouvia uma entrevista na rádio CBN Campinas,com um médico cujo nome não recordo no momento,que discorria o assunto da obesidade no Brasil,onde quase mais da metade da população é considerada obesa (ou seja,acima do peso considerado saudável).Ele foi perguntado sobre o que está levando a sociedade a essa doença crônica; ele respondeu que vai-se muito além da questão nutricional da população.O povo tem tornado-se sedentário:em parte devido aos trabalhos urbanos (principalmente os de cunho administrativo)e as facilidades tecnológicas e de alimentação;mas que também, grande parcela da "culpa" recaí sobre a violência urbana.As pessoas não podem mais sair as ruas para caminhar,dar passeios em seu bairro ou permitir que seus filhos brinquem nas ruas,porque o medo impera,o tráfico e a bandidagem comandam nossos espaços.
E daí,volto no inicio do texto.Minha sobrinha tem somente 1 ano de idade,se continuarmos a residir no mesmo local,provavelmente ela nunca brincará na rua,como eu e meus irmãos faziamos,viveremos com medo por ela.
São os nossos pequenos que já nascem nessa sociedade doente,e doentes sociais,assim como nós,provavelmente também serão.

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